Tuesday, October 28, 2008

leia esse texto: A Humanidade é cronicamente inviável.

Veja esse texto do site do Terra:

A Terra perdeu, em pouco mais de um quarto de século, quase um terço de sua riqueza biológica e recursos, e no atual ritmo, a humanidade necessitará de dois planetas em 2030 para manter seu estilo de vida, advertiu nesta terça o Fundo Mundial para a Natureza (WWF, por sua sigla em inglês).
» Quantidade de gelo no Ártico 'despencou'
» Uso sustentável da floresta reduzirá aquecimento
» Programa de TV busca respostas sobre aquecimento
A demanda da população excede em cerca de 30% a capacidade regeneradora da Terra, segundo o Relatório Planeta Vivo 2008, divulgado por esta organização ambientalista a cada dois anos sobre a situação ambiental dos ecossistemas.
"O mundo está lutando atualmente com as conseqüências de ter supervalorizado seus ativos financeiros. Mas uma crise muito mais grave ainda virá: um desastre ecológico causado pela não valorização de nossos recursos ambientais, que são a base de toda a vida e da prosperidade", disse o diretor-geral da WWF, James Leape.
O estudo mostra que mais de 75% da população mundial vive atualmente em países que são "devedores ecológicos", onde o consumo nacional superou sua capacidade biológica de regeneração.
"A maioria de nós segue alimentando nosso estilo de vida e nosso crescimento econômico extraindo cada vez mais o capital ecológico de outras partes do mundo", afirmou Leape.
"Se as demandas em nosso planeta continuarem crescendo no mesmo ritmo, em meados dos anos 30 necessitaremos do equivalente a dois planetas para manter nosso estilo de vida", acrescentou.
O relatório, elaborado desde 1998, revela que o Índice Planeta Vivo (IPV) caiu quase 30% desde 1970. Isto significa que se reduziram nessa proporção aproximadamente 5 mil povoações naturais de cerca de 1.686 espécies, uma taxa superior a de 25% do relatório de 2006.
Estas perdas se devem a fatores como desmatamento, poluição, pesca proibida, impacto de diques e mudança climática.
"Estamos atuando ecologicamente (...) buscando a gratificação imediata sem olhar as conseqüências", lamentou Jonathan Loh, co-diretor da Sociedade Zoológica de Londres.
Segundo o estudo, que mediu a "pegada ecológica da humanidade", ou a deterioração que as atividades humanas produzem nos sistemas naturais, estas utilizaram uma média de 2,7 hectares globais por pessoa, enquanto a capacidade dos sistemas de absorver o impacto só chega a 2,1 hectares em média por pessoa.
Os Estados Unidos e a China contam com as maiores pegadas ecológicas nacionais. Cada um conta com 21% da capacidade global de absorver o impacto, no entanto os dois países "consomem" uma parte muito maior dos recursos.
Assim, cada cidadão dos EUA requer uma média de 9,4 hectares globais, enquanto que os chineses usam uma média de 2,1 hectares.
Além disso, oito nações - EUA, Brasil, Rússia, China, Índia, Canadá, Argentina e Austrália - contêm mais da metade dessa capacidade global.
No entanto, EUA, China e Índia, devido a suas povoações e hábitos de consumo, são "devedores ecológicos", com pegadas ecológicas superiores às suas capacidades, pois a excedem, respectivamente, 1,8 vezes, 2,3 vezes, e 2,2 vezes.
Estes dados contrastam com os do Congo, com uma capacidade de absorver o impacto de quase 14 hectares globais por pessoa e que só utiliza 0,5 por habitante, mas que enfrenta um futuro de degradação ambiental pelo desmatamento e pelas crescentes demandas de uma população em crescimento e por pressões para exportar seus produtos

Wednesday, October 22, 2008

Uma imagem vale mais que mil palavras....parte 2




Uma foto vale mais que mil palavras...

Tuesday, October 21, 2008

Versailles é aqui!

Três episódios notáveis da vida brasileira no início do XXI : dois assassinatos e uma discussão.
O assassinato 1: um jovem e confuso namorado, após uma semana de sequestro, mete uma bala na cabeça da namorada e da amiga dela. Uma menina de 15 anos morta, comoção nacional e mais um preso em nosso sistema carcerário. O PCC, órgão criminoso legalizado em São Paulo, quer matar o assassino por que ele, com seu longo sequestro, deu um prejuízo de mais de 50 mil reais ao tráfico de drogas da localidade.
O assassinato 2: um ex-motorista de um dos maiores empresários de varejo do Brasil, Artur Sendas, mata o ex-patrão com um tiro à queima roupa, por motivo banal: uma demissão. Mais uma estatística de assassinato no Rio de Janeiro e o segundo preso em nosso sistema carcerário.
A discussão: nosso Congresso, Senado e Câmara dos Deputados, em Brasília, está ocupadíssima com duas coisas, o segundo turno das eleições municipais e o aperto que o Judiciário, através do Ministério Público e do Supremo, está dando para que nossos representantes cumpram a lei e demitam, de uma vez por todas, seus parentes em cargos de confiança.

O que os três itens têm em comum? Nada. E é exatamente por isso mesmo que se relacionam.

Enquanto nossas cidades são tomadas por traficantes,sequestradores, assassinos e outros que são apenas ladrões, nossos nobres e dignos deputadores e senadores estão preocupados em arranjar meios para não demitir seus parentes de cargos de confiança, pagos pelo dinheiro público. A semana foi escandalosamente evidente do altíssimo grau, quase cósmico, de alienação da classe política brasileira em relação à realidade. Há centenas de projetos sobre mudanças, já mais do que apenas urgente, nas ridículas leis penais brasileiras. Tudo parado, pois afinal, a prioridade em Brasília é tentar ludibriar o Judiciário e continuar empregando a sogra, a esposa, o filho e o papagaio como assessores parlamentares.

Dizem que Maria Antonieta falou a famosa frase ao saber que o povo francês às vésperas da revolução não tinha pão: "que comam brioches". Como ela era odiada pelos franceses, por ser rainha e por não ser francesa, é até provável que a frase tenha sido inventada. Daqui a 200 anos, quando a história do Brasil for reescrita, uma frase dessas deverá soar mais real na Brasília do século XXI do que na Versailhes do XVIII, com o agravante de que nossos parlamentares não tinham nem sequer o charme e a elegância de Maria Antonieta.

Friday, October 17, 2008

A sordidez é DNA petista.

Devo dizer que fico cada dia mais impressionado, embora não surpreso, com a sordidez petista. É evidente que a greve da polícia civil já adquiriu um contorno político, com o objetivo pouco escondido de tentar enfraquecer o governador Vampiro-Serra, e tentar fortalecer a candidatura em segundo turna da prefeitura da Vaca Profana Marta.
Até ai, normal: o PT, sabe-se, sempre foi um partido que usou e abusou de greves, principalmente em setores públicos e nos últimos anos, só em setores públicos, para fortalecer campanhas políticas. O Metrô de SP entrou em greve 4 vezes em 3 meses, por exemplo, tudo em virtude de disputas pelas diretorias e verbas do sindicato, entre PT,PSTU e Psol.
Se é sórdido fazer uma greve, prejudicando milhões de passageiros, só para a campanha política de meia dúzia de sindicalistas, então você ainda não conhece a fundo o PT...
Agora, em pleno (quente) segundo turno em São Paulo, surge a idéia, genial, de tentar invadir o Palácio dos Bandeirantes, área protegida e de segurança reforçada, por ser, óbvio, sede do governo. Todo mundo sabe o que acontece quando alguém, grevista ou não, tenta invadir uma área de segurança: porrada. Então, porque os grevistas fizeram a tentativa? Para exatamente isso: haver pancadaria e claro, aparecer no fim de semana no programa eleitoral da Marta. Sórdido? Não, apenas PT em estado puro...
Ligo o jornal da TV e vejo quem ? O Sinistro da Justiça, Tarso Genro, um dos idiotas-mor do PT, com aquela parlapatice típica dos imbecis, criticando o governo paulista por "excessos" cometidos pela polícia militar contra grevistas...Duplo erro: primeiro, porque ele é (ou deveria ser) Ministro da Justiça e não Ministro do PT: criticar um governo estadual não é tarefa de um Ministro de Estado, ainda mais da Justiça, que deveria antes de tudo manter a imparcialidade ou seja, ficar calado. Erro segundo: como é que um Ministro da Justiça pode compactuar com a invasão de um palácio de governo? Pois se por um acaso, grevistas do PSTU resolvessem invadir o Palacio do Planalto em Brasília, onde o Noço Prezidente bebe pinga o dia inteiro, ele iria permitir? Ou seriam chamadas tropas de segurança? Em outras palavras: o Ministro da Justiça confessou que permite invasões de prédios públicos, desde que, claro, eles sejam ocupados por governantes eleitos de outros partidos que não o PT...

O PT sempre arrotou "ética na política": ética é coisa simples: usar o bem público como público, separar o público do privado. O PT sempre arrotou isso: ao chegar ao poder, dá mostras do mais básico desconhecimento de ética possivel, com Ministros de governo entrando abertamente em campanhas eleitorais municipais sem o menor pudor.
Sórdido...como todo petista.

Tuesday, October 14, 2008

Marta: sempre ela.

Não bastasse ela ser incrivelmente antipática, arrogante, com aquele insuportável ar de madame que sabe tudo, não bastasse ela ainda por cima estar perdendo as eleições, não bastasse as frases idiotas do tipo "relaxe e goza" , Marta não se bastou: inovou, ao insinuar que Kassab é viado.
Desculpe o palavrão, mas é isso mesmo: no horripilante horário eleitoral, o programa da Marta pergunta se Kassab é casado ou tem filhos, insinuando sua orientação sexual.
Marta não se cansa de arruinar-se: passeou na Europa, indo ao teatro Scala de Milão em plena época de enchentes em São Paulo. Antes, tido ido visitar uma casa muito pobre que tinha sido arrasada pelas enchentes: conseguiu o que qualquer um de nós NUNCA conseguiria: bateu boca com a moradora, acusando-a de ser a responsável pela enchente de sua casa (!?), e isso em plena casa alheia e com câmeras de todas as emissoras de tv a mostrar a baixaria.
Já virou mitologia sua frase, em plena crise de aviação, com vôos atrasados em mais de 12 horas, passageiros em desespero presos em aeroportos longe de casa: "relaxa e goza", aconselhou ela.
E não satisfeita com esse respeitável currículum, agora vem mais essa: Kassab é viado, é o que ela insinua e por isso o eleitor da cidade de São Paulo não deveria votar nele...
Dispensa comentários, mas vale a pena comentar: Marta começou sua carreira com programas de tv, ainda no final do regime militar, discutindo sexualidade. Foi uma das primeiras a apoiar publicamente o casamento gay, quando o assunto ainda era quase proibido. Nada dessa "história" serviu na hora do desespero: em baixa nas pesquisas, foi alegremente até o pântano mais próximo, buscar merda para jogar na campanha eleitoral: deu o óbvio, voltou com as mãos e pés cheios da merda que quis jogar no outro.
A pergunta que fica é: a Marta mudou ou sempre foi falso o que ela falava? Ela parece bem o retrato do PT atual: sempre defendeu a ética na política, até virar mensalão. Marta sempre defendeu minorias sexuais, até xingar de viado seu adversário, como se isso fosse importante num prefeito e como se isso fosse um xingamento aliás...É falso tudo o que o PT defendeu ou o PT mudou para pior? Em qualquer resposta a pergunta, a opção é negativa.
Em tempo: o prefeito de Londres é homossexual assumido. Sabe o que ele conseguiu? Fazer de sua cidade a sede das próximas Olimpíadas.Algum morador de Londres por um acaso está preocupado com quem deita na cama do prefeito?

Monday, October 06, 2008

Odeio todos os humanos.

Estudo divulgado hoje pela WWF diz que 1 em cada 5 mamíferos no mundo estão em perigo de extinção: seria muito bom se, dentre eles, estivesse o homem...

A notícia é muito mais terrível que qualquer crise econômica: qual o direito que o homem tem de simplesmente extinguir seus semelhantes ? E digo semelhantes porque somos animais, e só isso que somos, e ainda por cima, mamíferos. São animais belíssimos como o tigre, simpáticos como a preguiça, inteligentes como o gorila. Não só estamos matando-os como matamos o seu ambiente, pela poluição do ar e da água, devastação de florestas e rios. É um desastre absurdo, imoral, indecente, burro, em outras palavras, humano.
Como espécie, produzimos algo de bom nestes 500 mil anos: Bach, Mozart, Baudelaire, Poe, Picasso, um ou outro vinho, um ou outro livro, alguma sinfonia, alguma tecnologia. Nada que valha nossa pretensa superioridade como espécie diante de um pulo de um tigre ou um borrifo d´agua de uma baleia jubarte: somos macacos sórdidos fedidos, matamos a nós mesmos e aos outros. Lanço aqui mais um eco do manifesto humanista do século XXI: acabem com os humanos !! Pode parecer idiota, mas idiotas somos todos nós: a única coisa digna que um ser humano pode fazer no planeta é deixar de existir.

Wednesday, October 01, 2008

Qual o futuro dele?

Mais uma vez, vai o post do genial William Waack: tomei a absurda liberdade de grifar os trechos que acho fundamentais e depois vou tomar outra liberdade, ainda mais indecente aliás, de comentá-los: aqui vai o endereço do site dele:
http://colunas.g1.com.br/williamwaack/

Postado por William Waack em 29 de Setembro de 2008 às 21:45
O texto de hoje é sobre a crise financeira internacional. Antes, porém, um recado aos leitores: esta seção do G1 é uma coluna que não é diária. Uma das características da atual crise é a rápida sucessão de eventos. Portanto, vou tentar me concentrar em aspectos que possam ser lidos nas próximas duas horas sem padecer de envelhecimento precoce.

Quais são as conseqüências político-sociais de longo prazo do cataclismo (sim, estamos diante de uma catástrofe)? Acho que vamos considerar 2008 como um ponto de inflexão, assim como 1929 acabou sendo consagrada como uma data que prenunciava importantes mudanças – ainda que o impacto mais forte da crise daquela época só fosse atingir as principais economias européias em 1934/5.

Especialmente os comentaristas europeus (franceses e alemães, em particular) assinalam o fim do “modo” anglo-saxônico de encarar os mercados financeiros. O argumento mais corrente é o de que as principais economias européias, muito mais reguladas que as dos Estados Unidos e Reino Unido, sofrerão menos com a crise.

O problema desse argumento são os fatos dos últimos dias: os principais governos europeus tiveram de socorrer instituições financeiras privadas com dinheiro público. O socorro prestado pelo governo alemão a uma das principais caixas hipotecárias do país irritou profundamente a própria comissão da União Européia (mas os Países Baixos tiveram de fazer o mesmo, praticamente na mesma hora).

Não, por favor, não leiam isto como uma prova de que “são todos os mesmos” (afinal, não é com dinheiro público que o governo americano quer salvar o sistema financeiro?). Nos países europeus, a presença do Estado na economia foi sempre vista de outra maneira do que nos Estados Unidos e no Reino Unido. Sobretudo os social-democratas acham que os tempos mudaram – e por um período muito longo – a favor de sua tese favorita, e que se traduziu numa expressão alemã adotada também pelos conservadores: economia social de mercado, com forte presença dirigista do Estado. Nicolas Sarkozy, o “liberal” presidente francês, assinaria embaixo.

Há um debate entre os dois lados do Atlântico muito mais cultural do que ideológico sobre o papel de governos não apenas em situações de crise. Essa discussão está profundamente ligada aos problemas que a globalização apresenta também para as economias mais avançadas, e este provavelmente é um dos pontos mais negativos da atual crise: ela deve provocar uma onda irrefreável de protecionismo em nome da proteção de empregos e sobrevivência de instituições nacionais (bancos e empresas, por exemplo).

Curiosamente, os europeus levantam de novo as bandeiras de valores fundamentais da economia, como trabalho e poupança, contra o “estilo anglo-saxão” de tomar empréstimos e arriscar nos mercados de capital. É interessante notar que, em sociedades de outros lugares do planeta (Japão, por exemplo), “trabalho” e “poupança” são valores bastante cultivados e nem por isso os japoneses escaparam de uma difícil situação econômica, e não faz muito tempo.

Os autores clássicos, especialmente os da Sociologia, costumam dizer que, sem um arcabouço teórico, dificilmente se entende os fatos correntes. É o que economistas dizem agora da atual crise. Robert Samuelson, por exemplo, argumenta que o “vácuo intelectual” a respeito de qual teoria econômica melhor explicaria a atual crise é que levou ao caos político no Congresso americano. Em outras palavras, não se previa – pelo menos do ponto de vista da teoria – o que viria acontecer. A principal delas: a falta de experiência em como estabilizar mercados financeiros.

Ligar diretamente em relação de causa-efeito mecânica o campo da economia e o da política é um tipo de sub marxismo que nada explica da realidade – é o departamento das verdades absolutas e respostas prontas, que apenas confundem. É difícil prever, portanto, como e se a atual crise, que promete ser longa e difícil, levará a conseqüencias políticas, e onde.
Mas é possível dizer que, no campo “cultural” do debate entre Estado e Mercado, o pêndulo deve mover-se com força para o primeiro lado. Deve aumentar consideravelmente nossa (de novo, no campo “cultural”) insegurança diante de um mundo no qual tudo parecia explicado, conectado, ajustado e, por tanto, controlável. É aquilo que, em alemão, chama-se “Kulturpessimismus” – a idéia de que, no fundo, não somos capazes de dar ordem e direção ao que queremos.

Não falo aqui do ponto de vista do investidor (os inteligentes saberão perceber no momento de crise também o momento da oportunidade). Falo do ponto de vista da experiência de sociedades que se julgavam acima de crises.

----------------------------------------------

O texto é de uma riqueza imensa, portanto, vou apenas comentar muito rapidamente e porcamente, como é de minha (in)competência os dois trechos:

1-Nos países europeus, a presença do Estado na economia foi sempre vista de outra maneira do que nos Estados Unidos e no Reino Unido. Sobretudo os social-democratas acham que os tempos mudaram – e por um período muito longo – a favor de sua tese favorita, e que se traduziu numa expressão alemã adotada também pelos conservadores: economia social de mercado, com forte presença dirigista do Estado. Nicolas Sarkozy, o “liberal” presidente francês, assinaria embaixo.

A tese da escola liberal, mais seguida pelos americanos e ingleses, propõe o menor intervencionismo possível na economia: os próprios mercados regulam-se, sendo o Estado um fator apenas de estabilização geral, nunca um regulador. Com a crise aguda nos mercados de capitais, em grande parte herdade de um ambiente sem nenhuma regulação, a tese liberal perde força em relação às teses mais ligadas à escola européia social-democrata, keynesiana ( digite Keynes na Wikipedia): o Estado não deve apenas ser um criador de regras gerais, mas deve regular, com atuação constante, a economia. Atenção esquerdistas de plantão: isso não tem nada a ver com estatização à la Chávez ou Morales, mas tem a ver com a diferença de regulação econômica entre uma Inglaterra, por exemplo, e uma Alemanha ou França, com maior presença do Estado na economia.

2-Ligar diretamente em relação de causa-efeito mecânica o campo da economia e o da política é um tipo de sub marxismo que nada explica da realidade – é o departamento das verdades absolutas e respostas prontas, que apenas confundem. É difícil prever, portanto, como e se a atual crise, que promete ser longa e difícil, levará a conseqüencias políticas, e onde
Explicações tolas e esquerdóides sobre a crise vão abundar nas sub-revistas de sub-informação....cuidado: trata-se de um fenômeno complexo, que não pode, nem merece, meia dúzia de palavras de ordem vazias que vão chegar a brilhante conclusão de que a melhor coisa da Humanidade é Cuba... ou Chávez... se até a crise de 29, que daqui a pouco vai completar 100 anos, ainda não foi plenamente explicada, o que dizer da atual, ainda mais complexa? Economia de mercado ainda é MUITO melhor que economia estatizada ( de novo, basta olhar Cuba ou Alemanha...ou se quiser, Coréias, do Norte e do Sul) mas o problema é : como regular, ou não, os mercados ? como conter e solucionar crises ? Como evitá-las? Como achar o equilíbrio entre o dinamismo maravilhoso do capitalismo, com sua fantástica vocação para criar riqueza do nada e ao mesmo tempo a igualmente fantástica vocação do capitalismo para destruir a mesma riqueza que criou... e evitar os escombros da desigualdade.
Acabado o pesadelo estatizante comunista e o delírio Cubano-Soviético ( pelo menos para o mundo inteligente), a pergunta continua em aberto: qual o futuro do capitalismo?