Dois casos chocantes e a diferença
Dois casos chocantes na Europa nesta semana: na idílica Áustria, um homem manteve sua própria filha durante 24 anos no porão de sua casa, estuprando-a seguidas vezes e tendo com ela 7 filhos, um dos quais aliás morto e encinerado. Hoje, o homem com 74 anos, está preso e o resto da família, incluindo seus filhos-netos em tratamento psiquiátrico. Outro caso escabroso: um taxista estuprou, roubou, matou e queimou o corpo de uma turista sueca em Paris, na esquerdista França. Foi preso. Ironicamente ele tinha sido já preso outras vezes, uma delas incluindo estupro,outra roubo , mas foi solto. Preso numa simples batida de trânsito, de novo, por ter licensa de taxista vencida, foi solto mais uma vez, porque sua ficha não tinha anotações completas de seus crimes violentos anteriores. Uma falha monumental da Justiça francesa.
O que os dois casos têm a ver com o Brasil? Tudo e nada. Tudo, porque aqui quase toda semana vemos casos igualmente escabrosos, o que demonstra que a brutalidade, a sordidez e a estupidez humanas não têm limites espaciais ou mesmo sociológicos, já que nos dois casos europeus, nenhum dos criminosos pode ser considerado um excluído, um pobre. Mas pára por aí a comparação. No caso austríaco, o homem, mesmo tendo 74 anos, irá pegar perpétua e o caso chocou o país, ao contrário do nosso, já anestesiado por tanta violência. Na França por sua vez, o caso vai colocar mais lenha numa debate hoje dos mais importantes naquela sociedade: o endurecimento penal, num país com sólida tradição de esquerda. O crime na França tem crescido muito, e as leis, tipicamente européias, brandas ao extremo, já foram alteradas com ampla votação no Parlamento francês, com aumento de penas, fim de vários benefícios de redução de pena e maior rigor na liberdade condicional. O atual crime, que mostrou uma falha brutal do sistema jurídico francês, vai de novo levar a novos debates para rigor ainda mais forte na liberdade condicional, e principalmente no aumento de penas para criminosos perigosos. Há na França até mesmo duas propostas: uma, a de que mesmo após o criminoso tenha cumprido a pena, ele continue na cadeia se for considerado perigoso, o que é estranho: a pena seria alta, mas a punição efetiva de cadeia ainda mais alta que a pena.....e outro debate, que começa a tomar força na França, a volta da pena de morte, abolida nos anos 70.
Enquanto isso no Brasil recheado de criminosos, quais debates há no nosso Congresso, no Executivo federal, na imprensa que se diz responsável?
Pois é...viu a diferença?
O que os dois casos têm a ver com o Brasil? Tudo e nada. Tudo, porque aqui quase toda semana vemos casos igualmente escabrosos, o que demonstra que a brutalidade, a sordidez e a estupidez humanas não têm limites espaciais ou mesmo sociológicos, já que nos dois casos europeus, nenhum dos criminosos pode ser considerado um excluído, um pobre. Mas pára por aí a comparação. No caso austríaco, o homem, mesmo tendo 74 anos, irá pegar perpétua e o caso chocou o país, ao contrário do nosso, já anestesiado por tanta violência. Na França por sua vez, o caso vai colocar mais lenha numa debate hoje dos mais importantes naquela sociedade: o endurecimento penal, num país com sólida tradição de esquerda. O crime na França tem crescido muito, e as leis, tipicamente européias, brandas ao extremo, já foram alteradas com ampla votação no Parlamento francês, com aumento de penas, fim de vários benefícios de redução de pena e maior rigor na liberdade condicional. O atual crime, que mostrou uma falha brutal do sistema jurídico francês, vai de novo levar a novos debates para rigor ainda mais forte na liberdade condicional, e principalmente no aumento de penas para criminosos perigosos. Há na França até mesmo duas propostas: uma, a de que mesmo após o criminoso tenha cumprido a pena, ele continue na cadeia se for considerado perigoso, o que é estranho: a pena seria alta, mas a punição efetiva de cadeia ainda mais alta que a pena.....e outro debate, que começa a tomar força na França, a volta da pena de morte, abolida nos anos 70.
Enquanto isso no Brasil recheado de criminosos, quais debates há no nosso Congresso, no Executivo federal, na imprensa que se diz responsável?
Pois é...viu a diferença?