Monday, February 25, 2008

Exemplo de nada

A esquerda burra brasileira está em suspense: seu maior ícone, Fidel Castro, renunciou. ( o que equivale dizer que vai morrer em breve, afinal ele não iria sair do poder se não fosse só para morrer mesmo). Idiotas como Frei Betto, um padre esquerdóide ultra-fidelista comemorou dizendo que, apesar de Fidel ter saído do poder em Cuba, não haverá mudanças na direção do socialismo na ilha. Mais um imbecil de esquerda a falar merda e ainda por cima, com tons teológicos.
Cuba é um desastre por onde quer que se olhe. A economia da ilha é uma piada. Toda riqueza de Cuba foi expulsa por Fidel para Miami, isso nos anos 70. O setor estatal comando tudo em Cuba, com exceções de hotéis privados, o único setor que movimenta algum dinheiro. Não há comida, o pobre cubano é obrigado a ficar horas na fila para ver distribuída alguma ração. Um trabalhador cubano ganha algo como 19 dólares por mês, e não interessa se ele é qualificado ou braçal. Não há expectativa de melhoria de vida: você nasce assim e morrerá assim. Diz Frei Betto que isso é uma sociedade ideal, afastada do que ele chamou de "consumismo". Se sociedade ideal é um poder ditadorial que empobrece um país inteiro em nome da ideologia, então Frei Betto é seu mentor.
Cuba não tem liberdade. Só ano passado foram presos mais de 200 cidadãos, em crime de "contra-revolução", também conhecido como crítica ao governo. Há 5 anos atrás uns 200 foram fuzilados pelo mesmo motivo, o que levou ao protesto até mesmo um comunista histórico, José Saramago. Nada disso Frei Betto lembrou em seu artigo elogiando Cuba no jornal Estado de SP de quarta passada. Por que esse esquecimento?
Cuba não tem educação. Essa história de dizer que a ilha tem ótimos índices educacionais, é conversa pra boi dormir. Como um país que não tem acesso a livros, publicações científicas atualizadas, internet livre, jornais livres ou mesmo permite que seus cidadãos possam sair do país para estudar vai ter boa educação? Só se educação for doutrinação marxista autoritária com viés católica, o que aliás Frei Betto acha o idela. Educação em Cuba é mera doutrinação tola.
E o último bastião da "revolução", a saúde. Cuba tem uma importante contribuição da saúde preventiva, mas o sistema como um todo é falido. Não há equipamentos básicos nos hospitais, muito menos acesso a tecnologias que nem são tão modernas assim. Não se engane, apesar dos descalabros, ainda é menos pior ser tratado pelo SUS no Brasil do que morrer por falta de antibiótico em Cuba.
Cuba é um fracasso total: só a esquerda burra brasileira não percebeu isso ainda. Se a saída de Fidel significar mudanças, os cubanos se darão conta de que perderam 50 anos da vida de seu país atolados numa ideologia imbecilizante, atrelados a um ditador megalomaníaco, sustentados pelos discursos infindáveis e por um burra mítica que é repetida até hoje pelos esquerdóides latrino-americanos. Cuba é pouco mais que um entrave stalinista na América Latina, endeusado por idiotas de esquerda que queriam o mesmo para o Brasil e que não hesitariam em fuzilar meio país para imporem sua vontade. Se Fidel morrer, já demorou.

Monday, February 18, 2008

Ganhou !

Pois é, "Tropa de Elite" ganhou o prêmio máximo no Festival de Berlin. Para um filme que foi sordidamente acusado de ser fascista pela esquerda burra brasileira e foi sabotado na escolha do filme brasileiro para o Oscar, preterido por péssimo "O ano em que meu pais saíram de férias", (que aliás acabou nem indo para a indicação), isso é uma vitória e tanto. Coragem de falar da violência que assola o país mas indo contra os pontos de vista tradicionais da esquerda nacional, esse filme já fez história, entrando para o imaginário popular, para o vocabulário, "pede pra sair" e para a história contemporânea do Brasil como um retrato acabado da cidade do RJ no início do século XXI. Historiadores do futuro irão se debruçar sobre esse filme. Já se tornou um documento.

Wednesday, February 13, 2008

Tropa de Elite incomoda e isso é bom.

Recepção crítica do filme Tropa de Elite, no Festival de Cinema de Berlim: texto da Folha de SP

SILVANA ARANTES: Enviada especial a Berlim, da Folha de S.Paulo
O concorrente brasileiro ao Urso de Ouro no Festival de Berlim, "Tropa de Elite", de José Padilha, exibido anteontem, teve uma recepção da crítica dividida entre amores e ódios. Mais ódios do que amores.
A revista norte-americana "Variety", que recentemente incluiu Padilha numa restrita lista de dez diretores em quem se deve prestar atenção, foi especialmente dura com o filme.
Em resenha assinada por Jay Weissberg, a "Variety" atribui a "Tropa de Elite" um "estilo Rambo" e sustenta que ele faz "uma monótona celebração da violência gratuita que funciona como um filme de recrutamento de seguidores fascistas". A "Hollywood Reporter" publicou entrevista e reportagem sobre o filme, com destaque em sua capa da edição de ontem, mas chamou-o de "um filme constrangedor sobre policiais assassinos".
A crítica afirma que "o pressuposto básico do roteiro escrito por Padilha, Rodrigo Pimentel e Bráulio Mantovani é que todo mundo no Rio é corrupto, especialmente as autoridades".
A revista inglesa "Screen", por sua vez, deu ao filme a nota máxima --quatro estrelas, correspondente a "excelente"--, numa crítica farta de elogios.
"A montagem corajosa, a incansável câmera na mão e essa espécie de tom quente e realista conhecido desde "Cidade de Deus" e "Amores Brutos" produzem uma mistura que é mais funcional do que inovadora, embora seja eficiente".


A crítica do jornal francês "Le Monde", publicada no blog de cinema do diário, acusa o filme de fazer apologia da tortura: ""Tropa de Elite" é feito segundo a receita do neoconservadorismo hollywoodiano --montagem frenética, câmera epiléptica, narrativa que não deixa nenhum espaço à ambivalência. Não é preciso ser hipersensível para ver no filme uma apologia da tortura e das execuções extrajudiciais", afirma o crítico Thomas Sotinel.

A reação da imprensa alemã foi desigual. O jornal "Berliner Zeitung" avaliou o filme como "excitante e original", disse que ele apresenta "os diversos lados da questão" e o faz com bom "equilíbrio entre os aspectos ficcional e documental".
Já o "Der Tagesspiegel" disse que, no retrato do "mundo pavoroso e sem lei" que o filme faz, "não há zonas brancas e negras; tudo é escuro". Os dois jornais, no entanto, ressaltaram que "Tropa de Elite" não é fascista. "E nisso [fascismo], como você sabe, somos especialistas", comentou o jornalista alemão.
Padilha acredita que os críticos estrangeiros que atribuíram ao filme um caráter fascista foram influenciados por colegas brasileiros que reprovam "Tropa de Elite" desde a sua estréia no Brasil.
Sobre as resenhas publicadas ontem, o diretor afirmou: "Uns nos acharam inteligentes, outros fascistas. Na verdade, não me preocupo com isso".
meu post: comentários bem humorados e irônicos à parte ( adorei o comentário do jornalista alemão....) o filme de Padilha só é fascista para quem não aguenta o tranco de ver a realidade. Principalmente a esquerda politicamente correta, sempre pronta a ver em qualquer coisa que saia do estreito limite intelectual dela, esquemas conspiratórios da direita fascista ( como a bobagem do Le Monde em ver o filme como neoconservador norte americano!!). "Tropa de Elite" faz pensar porque mostra uma realidade, sem emitir opinião pré-formatada , como adora a mesma esquerda limitada. Ele não faz apologia da tortura, mas mostra como, numa sociedade arruinada pela corrupção e pela droga, com leis obsoletas e autoridades totalmente ausentes, o trabalho policial oscila entre ser torturador e honesto ou ser inepto e corrupto, e isto, o diretor Padilha não elogia, mas apenas denuncia, amplifica, escancara o que todos sabemos. Já vi muita gente dizer que Tropa de Elite é fascista.... curiosa forma de esconder a realidade e evitar o debate, desqualificando de cara o interlocutor. O interessante é que os fascista e nazistas sempre faziam o mesmo, como não queriam debater, classificavam seus críticos de "degenerados" assim como o stalinismo soviético classificava qualquer dissidente de "revisionista". Sinal de que o filme incomoda e por isso mesmo continua sendo ótimo.