Monday, March 26, 2012

Multilateral X Unilateral : ainda a questão do Estado

Ele foi o primeiro Estado criado a partir de um organismo multilateral, no caso, pela ONu em 1948. Ele foi a esperança de milhões de judeus, perseguidos durante séculos, principalmente na Europa. Ele, claro, foi criado sob o impacto sinistro do massacre de judeus executado pelas mentes racistas doentias da Alemanha ( embora, o antissemitismo não seja apenas alemão, mas europeu). E hoje, este Estado rompe com Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas, a mesma entidade que o criou.

Se eu fosse judeu, ficaria triste e revoltado até, pelo abuso da memória dos que foram mortos na II Guerra. Pois cada vez que alguém critica o Estado de Israel pelos absurdos que ele comete contra a população palestina, é imediatamente comparado aos nazistas e é taxado de antissemita. Abuso da memória da dor alheia: duplamente assassinados, pelos nazistas e, e é pesado mas verdadeiro dizer isto, pelo atuais comandantes da política externa do Estado de Israel.

Sim, Israel é um Estado que tem o direto de existir. Além do mais, tem sim o direito de se defender. Por isso, tem o direito de atacar ? Tem o direito de oprimir ? Seu passado triste gera uma "não-culpa" eterna, que permite ao Estado de Israel toda sorte de imunidade, sem nenhuma represália? Imagine se o Irã simplesmente sai da Agência Nuclear da ONU ? Em poucas semanas é bombardeado. Se o mesmo Irã não colabora com a mesma ONU, sofre sanções. Quais as sanções que Israel sofrerá por não mais colaborar com o Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas ? Claro, nenhuma. Se concordo com as frases idiotas antissemitas ditas por alguns membros do governo iraniano? claro que não. Mas se os organismos multilaterais são órgãos que visam a conter o "self-help" e o unilateralismo estatal, então Israel, que foi criado como Estado por um desses organismos, deveria, no mínimo, se deixar criticar construtivamente por eles e mudar sua política em relação aos assentamentos palestinos, tristemente se assemelhando aos guetos monstruosos do leste europeu dos anos 30. Responder a um passado de ódio com mais ódio: eis a receita para o óbvio, mais ódio ainda. Mas pelo jeito, o "complexo de Massada" de que alguns críticos falam, ainda é forte em Israel. O argumento do próprio Estado israelense diz isso:
"Eles sistemática e serialmente tomam todo tipo de decisão e condenação contra Israel sem nem simbolicamente considerarem as nossas posições". Em suma, TODO o mundo é antissemita...somos o único povo perseguido no mundo, temos o direito de atacar sem responder a nenhuma lei ou organismo multilateral.

Se todos os Estados pensassem assim...






texto: Folha de S. Paulo: 26/março/2012
Israel anunciou nesta segunda-feira o rompimento dos seus contatos com o Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas, que na semana passada decidiu investigar os assentamentos judaicos da Cisjordânia.

O rompimento, anunciado pela chancelaria de Israel, implica que os investigadores da ONU não poderão realizar seu trabalho pessoalmente no território israelense ou na Cisjordânia, que é um território palestino ocupado por Israel.

"Não estamos mais trabalhando com eles", disse o porta-voz Yigal Palmor. "Estávamos participando de reuniões, discussões, arranjando visitas a Israel. Tudo isso acabou."

A investigação internacional, solicitada pela Autoridade Palestina, foi aprovada na quinta-feira, e o único país do conselho a votar contra foram os Estados Unidos. Líderes israelenses disseram que o conselho age de forma hipócrita e tendenciosa contra Israel.

"Eles sistemática e serialmente tomam todo tipo de decisão e condenação contra Israel sem nem simbolicamente considerarem as nossas posições", queixou-se Palmor.

Segundo ele, Israel vai continuar cooperando com outros órgãos da ONU.

Monday, March 19, 2012

V por Guy Fawkes




Quem é Guy Fawkes ?

trata-se de um revolucionário, conspirador, idealizador da "Gunpowder Plot", ou "Conspiração da Pólvora", um movimento católico e popular que queria implodir o Palácio de Westminter em Londres, em 1605, para matar o rei Jaime I e pedir liberdade religiosa aos católicos. perseguidos desde a reforma anglicana efetuada por Henrique VIII. Este rei, como muitos sabem, casou-se 6 vezes, e rachou a Igreja de Roma da inglesa. Ao morrer, deixou duas filhas, Mary, católica e Elisabeth, anglicana. Mary teve um filho, Jaime. Elisabeth acabou tornando-se a rainha da Inglaterra, com o título de Elisabeth I mas morreu sem deixar herdeiros. Ela perseguiu católicos já que precisava impor a religião anglicana. Ao mesmo tempo, matou sua irmã ( meia irmá na verdade, da primeiro casamento de Henrique VIII), Mary e , com uma certa ironia, foi o filho da sua irmã morta, Jaime, que assumiu o trono após sua morte.
Jaime I teve tolerância aos católicos, mas estes, liderados por alguna radicais, queriam a anulação da Igreja Anglicana e o retorno à Igreja Católica. Foi isso que fez a "conspiração da pólvora": enquanto o rei iria discursar na Câmara dos Lordes, um grupo, liderado por Guy Fawkes iria explodir o prédio, matando o rei e quase todos os nobres. Porém, ele foi descoberto literalmente em cima dos barros de pólvora que o prédio estocava (!!!) e junto com outros, foi torturado, sendo condenado à morte. Antes de ser enforcado, já com a corda no pescoço, conseguiu pular do cadafalso, matando-se antes.

E o que ele tem a ver com a máscara acima ?

"V for Vendetta", V de vingança, é um HQ escrito por Alan Moore e ilustrado por David Lloyd, publicado nos anos 80. Em uma Grã-Bretanha pós guerra nuclear, um misterioso elemento, usando uma máscara que imitava o rosto de um certo Guy Fawkes do passado britânico, usa ataques terroristas altamente teatralizados contra o governo totalitário que havia se instalado na Inglaterra. Em suma, ele luta contra o poder absoluto estabelecido. Sua referência histórica clara: o revolucionário de 1605, Guy Fawkes.

E o que esta máscara tem a ver com o mundo de hoje ?

Com a crise do capitalismo cada vez mais pior, os governos insistem em dar bilhões a bancos, enquanto o povo comum afunda em desemprego, corte de serviços públicos e falta de esperança. A máscara de Guy Fawkes na visão de David Lloyd acaba por tornar-se o símbolo dos movimentos de constentação a essa versão "financeira do fascismo", no qual bancos e governos se unem para salvar-se da bancarrota criada por eles mesmo, às custas do povo comum que quer trabalhar e viver em paz. A máscara de Guy Fawkes tornou-se o símbolo da luta contra o atual poder totalitário: entre eles, movimentos como Occupy Wall-Street

e o que esta máscara tem a ver com o mundo digital ?

hoje a internet é livre.... ou pelo menos, luta para ser. Mas governos e outras instituições tentam censurá-la ao máximo. Grupos de hackers, com forte atuação política, descentralizados, utilizam os cyber-ataques para lutar contra essas novas formas de totalitarismo: o controle da internet. Grupo de hackers, Anonymous.

Em resumo, Guy Fawkes, 1605. David Llloyd, 1982. O que os une? Sua face-máscara. Ou melhor, a face de um revolucionário, idealizada séculos depois por um ilustrador. Seu ponto em comum: a luta contra o governo e suas opressões, sejam religiosas, financeiras, de comunicação. Como se vê: os séculos passam, as lutas continuma e muitas vezes, até os rostos são iguais.

texto da revista Carta Maior

Anonymous e a guerra de informação digital
Um católico que, no dia 5 de novembro de 1605, quase conseguiu fazer voar pelos ares o Parlamento inglês com 30 quilos de pólvora, com o rei James I dentro, é o rosto oficial de uma nova revolta ocidental. Sem se encaixar num rótulo tradicional, Anonymous realiza à sua maneira o desejo não confesso de muitos cidadãos do planeta. Artigo de Eduardo Febbro.
Artigo | 26 Fevereiro, 2012 - 18:11

Paris - Guy Fawkes nunca pensou que sobreviveria a tantos séculos, e menos ainda que, mais de quatrocentos anos depois das suas andanças, a máscara que o representa se converteria em pleno século XXI no emblema daqueles que – desde os indignados até os guerreiros digitais do Anonymous, passando por toda a galáxia dos grupos antiglobalização – se opõem ferreamente à ordem de um mundo ultraliberal, depredador e indolente.

Este católico que, no dia 5 de novembro de 1605, quase conseguiu fazer voar pelos ares o Parlamento inglês com 30 quilos de pólvora, com o rei James I dentro, é o rosto oficial da revolta ocidental e, mais precisamente, o distintivo com o qual o grupo de hackersreunido sob a denominação de “Anonymous” se apresenta ao mundo. As suas ações já são parte da resistência permanente contra toda a forma de violação de liberdade segundo os critérios com os quais Anonymous a entende.

Presente há vários anos na cena do hackingcontestatário, Anonymous ganhou fama quando, em 2010, em plena ofensiva oficial contra o fundador do Wikileaks, Julian Assange, o grupo atacou as empresas multinacionais que se tinham somado ao boicote instrumentalizado pelo governo dos EUA contra todas as fontes de financiamento do Wikileaks: os portais de Amazon, PayPal, Visa, MasterCard e Postfinance, a filial dos serviços financeiros dos correios suíços, foram bloqueados pela operação Payback montada por Anonymous contra essas empresas que, sem ter nenhuma ordem judicial, trataram de impedir que o dinheiro chegasse a Wikileaks.

Era a primeira vez na história que se realizava uma ofensiva dessa magnitude não mais em nome do ciberanarquismo, mas sim em defesa de certa forma de liberdade.

Quem são e de onde vêm esses valentes que ousaram penetrar as portas mais protegidas para ferir o coração do sistema? Frédéric Bardeau e Nicolas Danet, os autores de um destacado ensaio sobre Anonymous (“Anonymous: piratas informáticos ou altermundistas digitais?’), descrevem a influência desta galáxia sem hierarquia nem manual de instruções como “um movimento que modifica a relação de formas no interior da sociedade”.

De ação em ação, Anonymous instalou-se na paisagem política mundial e excedeu em muito a herança dos seus pais culturais, a saber, toda a cultura contestatária norte-americana dos anos 70 perfeitamente representada por Stephen Wozniak, co-fundador da Apple, e Richard Stallman, o iniciador do projeto GNU.

Anonymous plasmou-se em quatro operações muito ousadas. A primeira: os ataques contra a igreja da Cientologia, em 2008. A segunda: a ciberofensiva contra o escritório de advocacia Baylout, defensores dos direitos autorais da indústria do disco e do cinema nos Estados Unidos, e contra o portal da Motion Picture Association of America (MPAA), associação que o Anonymous persegue por suas “políticas excessivas” na proteção dos direitos autorais. Terceira: a intervenção a favor de Assange no que ficou conhecido como o primeiro episódio de uma autêntica guerra da rede. Coldblood, um dos porta-vozes do Anonymous, explicou então que a operação em defesa de Assange estava a converter-se numa guerra, mas não uma guerra convencional. “É uma guerra de informação digital. Queremos que a internet continue livre e aberta a todo o mundo, como sempre foi”. O quarto episódio remonta ao dia 19 de janeiro, logo após o fecho do site Megaupload e a prisão do seu criador, o multimilionário Kim Schmitz. Lançados dos quatro pontos cardeais do planeta, os ataques orquestrados por Anonymous bloquearam os portais do Ministério da Justiça dos EUA, da Casa Branca, da Warner, da Universal, do FBI, do organismo que supervisiona a internet na França, Hadopi, e a estrutura que administra os direitos de autor, a Sacem. Anonymous conseguiu inclusive penetrar no portal da presidência francesa e modificar as mensagens de boas vindas.

A quinta e última ação ocorreu há apenas alguns dias. Um grupo que se identificou como Anonymous divulgou a gravação de uma “reunião” telefónica entre o FBI e a polícia britânica, na qual se falava de ações contra os ciberativistas. Onde estão para conseguirem se meter nestas conversas tão íntimas? “Em todas as partes”, respondem Frédéric Bardeau e Nicolas Danet, os autores do ensaio sobre Anonymous. Estes dois especialistas observam que os Anonymous não são piratas propriamente, pois não roubam nada. Tampouco são “terroristas”, mas “um fenómeno muito mais vago cujo único fio condutor é a defesa da liberdade de expressão”. Bardeau e Nadet contam que, em certo momento, “a CIA tentou realizar um perfil dos simpatizantes de Anonymous: era tão indefinido que terminava apontando para a metade do planeta”

O seu lema tornou-se realidade: “somos legião”. Neste sentido, Frédéric Bardeau destaca que os Anonymous não se enquadram em nenhum rótulo. “Não são nem anarquistas, nem sindicalistas revolucionários, nem marxistas. É um movimento pós-moderno, anónimo, planetário, descentralizado. Entre os Anonymous do Brasil, muito fortes e mobilizados contra a corrupção, e os da Áustria e Alemanha, todos antifascistas, não há unidade, mas sim denominadores comuns como a liberdade e a neutralidade da rede”. Diferentemente dos indignados ou de outros movimentos antiglobalização, Anonymous atua a partir do anonimato: não há partido político, nem fórum, nem cúpula, nem manifestação. A sua identidade física é a máscara de um militante católico britânico do século XVI e os seus territórios são estes: irc.anonops.li, twitter@AnonOps, @AnonymousIRC, Facebook Anonymous, AnonOps.blogspot.com.

A origem do nome provém dos fóruns anárquicos 4chan1. Neste portal norte-americano é fácil inscrever-se e cada participante recebe o pseudónimo de “Anonymous”. Estão em muitos lugares ao mesmo tempo, alguns são hackers aficionados, outros não, universitários, empregados, militantes de uma ou de muitas causas. Anonymous realiza à sua maneira o desejo não confesso de muitos cidadãos do planeta: colocar uma pedra na engrenagem da perfeição ultraliberal, abrir a cortina de sociedades ultrapoliciais que só protegem os interesses do poder. Nicolas Danet comenta que “Anonymous é um pouco como o voo dos pássaros migrantes. Formam uma massa que conhece o objetivo, mas um pássaro pode deixar o grupo a qualquer momento”. Os vídeos de Anonymous já são famosos, tanto pelo conteúdo como pela voz metálica que anuncia: “Somos legião. Não perdoaremos, não esqueceremos. Tenham medo de nós”.

Artigo de Eduardo Febbro, traduzido por Katarina Peixoto para Carta Maior

Friday, March 16, 2012

Ab'Saber: os sábios estão indo.

Com a morte de Aziz Ab'Saber, o Brasil perde uma importante referência não só para a Geografia, mas para todas as Humanas: ele foi um desses grandes "intérpretes" do Brasil, daquela velha guarda da USP que fez a fama desta universidade como celeiro de pensadores e criadores de ideias.
Fica sempre uma pergunta: com esses e outros nomes se perdendo, a USP teria alguém para substituir ? Seriam o tempos outros ? Ou seja, aqueles "sábios" do passado como Ab'Saber, Florestan Fernandes, Sérgio Buarque, Caio Prado, os ainda atuantes Alfredo Bosi, Antônio Cândido... não precisariam ser substituídos, porque afinal, estaríamos em tempos de conhecimento multifacetado, não mais centralizado em pessoas específicas ? Ou na verdade, estamos sim é em tempo medíocres, nos quais não há mais espaço para grandes pensadores, condores de ampla visão sobre temas universais ? O futuro dirá, mas com certeza, já temos saudade deste passado.


texto: Estado de SP
O pesquisador Aziz Nacib Ab'Saber, um dos maiores especialistas brasileiros em geografia física e referência em assuntos relacionados ao meio ambiente e impactos ambientais decorrentes das atividades humanas, morreu nesta sexta, aos 87 anos, de enfarte.
O geógrafo era professor emérito da USP, autor de mais de 300 trabalhos acadêmicos - Mauro Bellesa/Divulgação
Mauro Bellesa/Divulgação
O geógrafo era professor emérito da USP, autor de mais de 300 trabalhos acadêmicos

O velório será realizado a partir das 19 horas no Salão Nobre da FFLCH, que fica na Rua do Lago, 717, Cidade Universitária, São Paulo, no Prédio da Diretoria e Administração. O sepultamento será neste sábado, às 11h, no Cemitério da Paz (Rua Doutor Luís Migriano, 644, Morumbi, São Paulo.

Professor emérito da FFLCH-USP, ele é autor de mais de 300 trabalhos acadêmicos e considerado referência da geografia em todo o mundo. É autor de estudos e teorias fundamentais para o conhecimento dos aspectos naturais do Brasil. Era presidente de honra e ex-presidente e conselheiro da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

Ruth Andrade, secretária-geral da entidade, contou ao Estado que foi uma morte tranquila. "Ele acordou, fez café da manhã para toda a família, sentou-se em uma cadeira, falou "Ai" e morreu." Segundo ela, nos últimos meses o pesquisador estava visitando toda a semana a SBPC por conta da realização do terceiro volume da coleção "Leituras Indispensáveis", ainda a ser publicado.

Texto publicado no site da entidade conta que um dia antes de morrer, "o professor, disposto como sempre, fez sua última visita à SBPC, em São Paulo. Em um gesto de despedida, mesmo involuntariamente, ele entregou na tarde de ontem à secretaria da SBPC sua obra consolidada, de 1946 a 2010, em um DVD, para ser entregue a amigos, colegas da Universidade e ao maior número de pessoas." Ruth lembra que ele ainda pediu para que o material seja distribuído a estudantes nos eventos da SBPC. "Será agora a nossa missão", diz.

"Acredito que Aziz era um caso raro de casamento entre ser cientista e ser humanista. Ao mesmo tempo em que ele tinha um conhecimento incrível, não só de geografia, mas de várias áreas, ele tinha a perspicácia de fazer a relação desses assuntos com o cotidiano das pessoas", lembra.

Apesar da idade, Aziz continuava bastante ativo e polêmico. Em várias oportunidades se mostrou contrário ao alarmismo em torno do aquecimento global, reforçando seu aspecto natural. Recentemente também se manifestou sobre a mudança do Código Florestal no Brasil, criticando a ausência, no texto, de todo o zoneamento físico e ecológico do País, "como a complexa região semi-árida dos sertões nordestinos, o cerrado brasileiro, os planaltos de araucárias, as pradarias mistas do Rio Grande do Sul, conhecidas como os pampas gaúchos, e o Pantanal mato-grossense. Na ocasião, ele chegou a defender a criação do Código da Biodiversidade para contemplar a preservação das espécies animais e vegetais", lembra o texto da SBPC.