Energia nuclear : e aí?
Comentar o terrível terremoto no Japão é chover no molhado, mas gostaria de apontar para outro setor desta tragédia toda: a energia nuclear.
Interessante como as opiniões mudam ao sabor dos ventos... e talvez isso não seja ruim. Durante anos, a energia nuclear carregou o estigma de ser a pior, a mais perigosa e irresponsável forma de produzir energia da humanidade. Os acidentes de Tree Milles Island nos EUA e o pior deles, na então URSS, em Chernobil, davam a prova cabal deste tipo de argumentação. As imagens de crianças deformadas na URSS eram simplesmente fortes demais para qualquer outra forma de argumento.
O tempo passou, os acidentes ficaram no passado e surgiu outra forma de energia perigosa: e emissão de carbono e o efeito estufa. A energia nuclear voltou à moda. Ate mesmo ecologistas de grande gabarito passaram a dizer que a energia nuclear pode ser a resposta para a necessidade de energia do planeta sem emissão de carbono.
Tal opinião acaba por sofrer um ataque inesperado: quem diria que, no sempre competente Japão, um terremoto e um tsumani poderiam causar o derretimento ( até o momento em que escrevo, possível) de uma usina inteira? E agora, o que dizem os defensores da energia nuclear?
Toda ideia nasce da realidade e a ela volta, cedo ou tarde. Isso não é ruim. Ruim é quando a ideia toma vida própria e nunca mais retorna a realidade de onde partiu: delírios totalitários como o socialismo stalinista são assim. Nasceram até com nobres ideais, para se tornarem, em nome destes próprios ideais, ideias-força em si mesmas, capazes de destruir a realidade em seu redor. Tão impactante quanto, a energia nuclear hoje vê seu futuro em um impasse: verdade que acidentes como os que ocorreram no passado não vão mais ocorrer, até porque o pior deles, na URSS, teve clara influência do nefasto regime político que existia por lá, e que se recusou até o último momento a dar suporte às populações que viviam no entorno da usina. Verdade que a energia nuclear não emite carbono, hoje, problema urgente mundial. Mas verdade, e isso o acidente no Japão mostra, que mesmo em um país que sabemos é sempre sério e competente em tudo que faz, a energia nuclear pode ser sim, perigosa.
Alguém imagina o que poderia ocorrer no Brasil em acidente semelhante?
Interessante como as opiniões mudam ao sabor dos ventos... e talvez isso não seja ruim. Durante anos, a energia nuclear carregou o estigma de ser a pior, a mais perigosa e irresponsável forma de produzir energia da humanidade. Os acidentes de Tree Milles Island nos EUA e o pior deles, na então URSS, em Chernobil, davam a prova cabal deste tipo de argumentação. As imagens de crianças deformadas na URSS eram simplesmente fortes demais para qualquer outra forma de argumento.
O tempo passou, os acidentes ficaram no passado e surgiu outra forma de energia perigosa: e emissão de carbono e o efeito estufa. A energia nuclear voltou à moda. Ate mesmo ecologistas de grande gabarito passaram a dizer que a energia nuclear pode ser a resposta para a necessidade de energia do planeta sem emissão de carbono.
Tal opinião acaba por sofrer um ataque inesperado: quem diria que, no sempre competente Japão, um terremoto e um tsumani poderiam causar o derretimento ( até o momento em que escrevo, possível) de uma usina inteira? E agora, o que dizem os defensores da energia nuclear?
Toda ideia nasce da realidade e a ela volta, cedo ou tarde. Isso não é ruim. Ruim é quando a ideia toma vida própria e nunca mais retorna a realidade de onde partiu: delírios totalitários como o socialismo stalinista são assim. Nasceram até com nobres ideais, para se tornarem, em nome destes próprios ideais, ideias-força em si mesmas, capazes de destruir a realidade em seu redor. Tão impactante quanto, a energia nuclear hoje vê seu futuro em um impasse: verdade que acidentes como os que ocorreram no passado não vão mais ocorrer, até porque o pior deles, na URSS, teve clara influência do nefasto regime político que existia por lá, e que se recusou até o último momento a dar suporte às populações que viviam no entorno da usina. Verdade que a energia nuclear não emite carbono, hoje, problema urgente mundial. Mas verdade, e isso o acidente no Japão mostra, que mesmo em um país que sabemos é sempre sério e competente em tudo que faz, a energia nuclear pode ser sim, perigosa.
Alguém imagina o que poderia ocorrer no Brasil em acidente semelhante?