Duas visões de futuro
o futuro será isso:
ou...
isso ?
De fato, duas notícias que lidas separadas, são importantes, mas lidas juntas, revelam, à perfeição, o momento que o mundo vive hoje:
A GM acaba de divulgar um prejuízo de 30,9 bilhões de dólares ( eu não faço nem idéia do que é algo desse valor) no ano de 2008. Ao mesmo tempo, a Tata, fabricante indiana de veículos, confirma que lançará em março agora o Nano, o mais barato carro do mundo, 2.500 dólares, na Índia, com enorme vocação para o resto do mundo, incluindo China e Brasil e , pelo jeito da falta de dinheiro, talvez até na Europa.... e dada a situação de penúria que os americanos enfrentam, me arriscaria hoje a dizer, até nos EUA !!!
A GM está falida, é um fato. Se ela vai ou não a lona, isso é decisão do governo americano. Apesar do símbolo que ela representa para o orgulho industrial americano, e claro, do peso de quase 2 milhões de empregados diretos e indiretos e outros tantos aposentados que dependem da GM, o público americano está desconfiado de que o governo ajude a montadora. Pois, apesar de tudo, os próprios americanos sabem que a GM fez escolhas erradas durante décadas, apostando em carros poluentes, beberrões e de qualidade duvidosa, enquanto japoneses e mais recentemente coreanos, faziam a "homework" direitinho: carros eficientes, de alta qualidade técnica, com preço baixo. Entre o poderoso Hummer, símbolo da ostentação do capitalismo americano mais tosco, carro predileto de rappers e astros de cinema e o banal Corolla, venceu mesmo o modelo japonês. Esse dilema a Europa nunca viveu: por lá, só vende carro compacto, vacinados que foram os europeus com a penúria do pós guerra.
E a Tata ? representa a renovação do conceito de carro: ultra urbano, sem nenhuma ostentação, quase nenhum conforto, mas ultra barato, ultra econômico e ultra acessível. Se quebrar alguma peça, e elas são bastante descartáveis e baratas, basta trocar... lembra quem ? Ele mesmo, o Fusca, que durante anos foi o modelo de automóvel na Europa e no Brasil. Curioso que o Nano na verdade é uma reinvenção do modelo norte americano de carro: foi Henry Ford quem primeiro pensou o carro desse jeito: barato, acessível, simples de consertar até, mas utilitário ao extremo: um meio de transporte e ponto. Na mesma época, era na Europa que o carros caros e ostensivos eram fabricados. Interessante esse pêndulo atlântico...
A grande novidade seja agora que o pêndulo foi para o outro lado do oceano, para a Índia, que está ensinando uma lição ao Ocidente: como fabricar carros que as pessoas queiram, e possam, comprar e pagar. O Nano não virá para demolir todos os outros carros, claro. Suas limitações são óbvias: ele é urbano, pequeno, tem motor de 2 cilindros, apenas uma moto com capota, mas é quase tudo que o Ford modelo T de 100 anos atrás também era. Voltar às origens: básico, simples, barato, eficiente, pouco consumidor. Talvez os americanos precisem voltar às origens do seu capitalismo fordista. Precisou uma empresa de 100 anos, mundial, ter um prejuízo bilionário e ir à falência para eles aprenderam essa lição.
Um americano andando de carro ultra compacto fabricado na Índia : taí uma visão que eu nunca imaginaria ver.
ou...
isso ?
De fato, duas notícias que lidas separadas, são importantes, mas lidas juntas, revelam, à perfeição, o momento que o mundo vive hoje:
A GM acaba de divulgar um prejuízo de 30,9 bilhões de dólares ( eu não faço nem idéia do que é algo desse valor) no ano de 2008. Ao mesmo tempo, a Tata, fabricante indiana de veículos, confirma que lançará em março agora o Nano, o mais barato carro do mundo, 2.500 dólares, na Índia, com enorme vocação para o resto do mundo, incluindo China e Brasil e , pelo jeito da falta de dinheiro, talvez até na Europa.... e dada a situação de penúria que os americanos enfrentam, me arriscaria hoje a dizer, até nos EUA !!!
A GM está falida, é um fato. Se ela vai ou não a lona, isso é decisão do governo americano. Apesar do símbolo que ela representa para o orgulho industrial americano, e claro, do peso de quase 2 milhões de empregados diretos e indiretos e outros tantos aposentados que dependem da GM, o público americano está desconfiado de que o governo ajude a montadora. Pois, apesar de tudo, os próprios americanos sabem que a GM fez escolhas erradas durante décadas, apostando em carros poluentes, beberrões e de qualidade duvidosa, enquanto japoneses e mais recentemente coreanos, faziam a "homework" direitinho: carros eficientes, de alta qualidade técnica, com preço baixo. Entre o poderoso Hummer, símbolo da ostentação do capitalismo americano mais tosco, carro predileto de rappers e astros de cinema e o banal Corolla, venceu mesmo o modelo japonês. Esse dilema a Europa nunca viveu: por lá, só vende carro compacto, vacinados que foram os europeus com a penúria do pós guerra.
E a Tata ? representa a renovação do conceito de carro: ultra urbano, sem nenhuma ostentação, quase nenhum conforto, mas ultra barato, ultra econômico e ultra acessível. Se quebrar alguma peça, e elas são bastante descartáveis e baratas, basta trocar... lembra quem ? Ele mesmo, o Fusca, que durante anos foi o modelo de automóvel na Europa e no Brasil. Curioso que o Nano na verdade é uma reinvenção do modelo norte americano de carro: foi Henry Ford quem primeiro pensou o carro desse jeito: barato, acessível, simples de consertar até, mas utilitário ao extremo: um meio de transporte e ponto. Na mesma época, era na Europa que o carros caros e ostensivos eram fabricados. Interessante esse pêndulo atlântico...
A grande novidade seja agora que o pêndulo foi para o outro lado do oceano, para a Índia, que está ensinando uma lição ao Ocidente: como fabricar carros que as pessoas queiram, e possam, comprar e pagar. O Nano não virá para demolir todos os outros carros, claro. Suas limitações são óbvias: ele é urbano, pequeno, tem motor de 2 cilindros, apenas uma moto com capota, mas é quase tudo que o Ford modelo T de 100 anos atrás também era. Voltar às origens: básico, simples, barato, eficiente, pouco consumidor. Talvez os americanos precisem voltar às origens do seu capitalismo fordista. Precisou uma empresa de 100 anos, mundial, ter um prejuízo bilionário e ir à falência para eles aprenderam essa lição.
Um americano andando de carro ultra compacto fabricado na Índia : taí uma visão que eu nunca imaginaria ver.